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Praça São Francisco, Patrimônio da Humanidade!

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Madagascar Olodum!

Quem vê o rumo que o axé tomou não sabe que o que hoje é um ritmo banalizado por suas letras já foram uma poderosa fonte de recursos da cultura negra.
O Olodum nasceu como um bloco de carnaval da cidade de Salvador, em 25 de abril de 1979 durante o período carnavalesco como opção de lazer aos moradores do Maciel-Pelourinho, garantindo-lhes assim, o direito de brincarem o carnaval em um bloco e de forma organizada. É uma Organização não Governamental (ONG) do Movimento Negro Brasileiro.
Desenvolve ações de combate à discriminação racial, estimula a auto-estima e o orgulho dos afro-brasileiros, defende e luta para assegurar os direitos civis e humanos das pessoas marginalizadas, na Bahia e no Brasil.A Escola Olodum tem como missão o desenvolvimento da cidadania e preservação da cultura negra, oferecendo um saber afro brasileiro e novas formas de conhecimentos adicionais àqueles adquiridos no sistema formal de ensino.Esse projeto pioneiro de educação popular afro brasileiro teve origem no projeto Rufar dos Tambores, desenvolvido em 1984, pelo Olodum, composto de aulas gratuita de percussão de bloco afro, e dos cursos afro - brasileiros de curta duração.Inicialmente visava atender uma solicitação da comunidade do Maciel/Pelourinho para que fosse formada uma banda de percussão integrada por crianças e adolescentes do bairro.Eles viviam em situação de risco e vulnerabilidade social e sem perspectivas de integrar-se socialmente por conta do estigma marginal que na época existia contra os moradores da área.

Olodum - Egito Madagascar (1987)
  1. Madagáscar Olodum
  2. Salvador Não Inerte / Ladeira do Pelô
  3. Olodum Florente na Natureza
  4. Raça Negra
  5. Um Povo Comum Pensar
  6. Arco-Íris de Madagáscar
  7. Reggae dos Faraós
  8. Faraó Divindade do Egito
  9. Encantada Nação
  10. Vinheta Cuba-Brasil

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domingo, 26 de abril de 2009

Siba e A Fuloresta

Nascido na cidade cosmopolita do Recife, em uma família que até hoje mantém sua forte ligação com suas origens rurais, Siba cresceu entre a cidade e o interior, dois mundos que fazem parte de um mesmo todo. Desde seus primeiros contatos com as tradições da Mata Norte, começou uma longa história de aprendizado e colaboração, exercitando ao longo dos anos os fundamentos da poesia ritmada para se tornar um dos principais mestres da nova geração do maracatu e dos cirandeiros. Ao mesmo tempo, como membro da banda Mestre Ambrósio, desenvolveu um estilo musical inovador e singular, da qual o diálogo entre o tradicional e o contemporâneo, o passado e o presente, a rua e o palco são marcas distintas. Após viver em São Paulo por sete anos, Siba voltou para Pernambuco em 2002 para começar a Fuloresta, um grupo formado por músicos tradicionais de Nazaré da Mata, uma pequena cidade com 30 mil habitantes, distante 65 km de Recife. Seu álbum de estréia, “Fuloresta do Samba”, foi gravado com uma unidade móvel perto de Nazaré, e lançado em 2003, seguido de apresentações em todo o Brasil. O grupo também fez três turnês européias entre 2004 e 2006, desenvolvendo com o tempo sua habilidade de adaptar uma música que dura a noite inteira para o formato mais conciso dos palcos. Segundo Siba: “Nunca entendemos nosso passado ou nossas tradições como uma gaiola. Pelo contrário, nossa tradição nos oferece um vasto vocabulário, e nós nos esforçamos para usá-lo todo dia e a noite toda. É impossível reproduzir a maneira como envolvemos toda a comunidade na poesia e nas danças durante a noite toda, mas na hora ou nos 90 minutos que os festivais oferecem temos uma grande oportunidade de mostrar nosso impacto musical”.Saiba mais:
Myspace de Siba e A Fuloresta
Ambulante Discos (Selo que distribui os cds da Fuloresta)

Siba - voz, percussão, sopro
Biu Roque - percussão, voz
Mané Roque
– Percussão e voz
Cosmo Antônio
– Percussão e voz
Zeca - percussão
Roberto Manoel
- trompete
Galego
- trombone
Bolinha - tuba

Siba e A Fuloresta - Fuloresta do samba (2003)

01 - Fuloresta do Samba

02 - Bringa

03 - Caluanda

04 - Trincheira da Fuloresta

05 - Suinã

06 - Soldado da Aldeia / Barra do Dia

07 - Bonina
08 - Meu Rio de Samba

09 - Maria, Minha Maria

10 - Sete Estrelo

11 - Vale do Jucá

12 - Poeta Sambador

13 - Tempo

14 - Terra de Reis

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sexta-feira, 24 de abril de 2009

Mato Seco

Banda formada em meados de 2002 no ABC paulista, sob forte influência da filosofia do bem e da justiça passada de maneira geral através da música reggae ortodoxa (música com sentimento e palavras de sabedoria). MATO SECO, “O estopim para incendiar a babilônia”, surge desenvolvendo um trabalho objetivo e ligado com a verdade do reggae. A resistência à força e a purificação, símbolo da banda, representam alguns dos maiores dons que Deus nos deu, buscando mostrar a todos os homens a verdadeira razão da vinda de cada “EU na terra”. Com música de reflexão e evolução, a fim de conscientizar a todos, para que veja o bom trabalho e glorifiquem o grande pai eterno, se unindo e vivendo prosperamente.

MATO SECO

01 - Brilho Oculto
02 - Mato Seco (Resistência)
03 - Salvação
04 - Visão Moderna
05 - Tudo Nos é Dado (Só Nos Falta Fé)
06 - Não Adianta Correr
07 - Navegantes da Ilusão
08 - Muito Querer
09 - O Que Você Dá Pra Vida
10 - Atentado à Casa de Jah
11 - Hora da Ascenção (Acredite na Canção)

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senha: respiremp3.blogspot.com

Programação do final de semana!

HOJE, FESTA NO CIRCO!

2° festa na Sercirco: Pista de dança, ambiente cênico, gente interessante, crevejinha geladaça (e baratinha), música de qualidade, performances circenses (claro!), concurso de piadas. O casal brega mais bonito ganha prêmio.

SÁBADO E DOMINGO


Projeto C.H.A.M.A desenvolve o Primeiro Final de Semana da Mídia Livre do Pantanal
Nos dias 25 e 26 de abril acontece na Comunidade Pantanal, área pertencente ao bairro Inácio
Barbosa, no Galpão do Projeto C.H.A.M.A., o primeiro final de Semana da Mídia Livre. O
evento, que acontecerá das 9h às 17h, é uma comemoração do Pinhole Day, que acontece no
dia 26 de abril em países de todo o mundo.
O Pinhole é uma técnica de fotografar que não utiliza lentes, a captação da imagem é feita a
partir de objetos reciclados como lata de alumínio ou caixas de fósforo, e é considerada uma
ferramenta de democratização do acesso a comunicação, uma vez que possibilita o
desenvolvimento da técnica fotográfica a partir de objetos reciclados.
No final de semana da Mídia Livre serão oferecidas, aos moradores da Comunidade Pantanal,
oficinas de Fotografia, com a técnica Pinhole, e também oficina de fanzine, outro importante
produto na luta pela democratização dos meios de comunicação. Os jornais-fanzines são, assim
como as máquinas de pinhole, produtos de comunicação feitos artesanalmente, um jornal
produzido com recorte, colagem e Xerox.
A relevância maior das oficinas está no comprometimento destas não só com o
desenvolvimento/ensino da técnica desses meios de comunicação, muito mais que isso. O
Primeiro Final de Semana da Mídia Livre do Pantanal é um espaço de promoção da
democratização dos meios de comunicação e disseminação da comunicação comunitária e
participativa, onde os educandos refletirão sobre o espaço do sistema comunicacional em
nossa cultura, na nossa cidade e principalmente, no nosso bairro. Questões acerca do espaço
onde vivem serão levantadas e, opiniões e idéias serão construídas a partir da discussão sobre
temas relevantes para a comunidade como meio ambiente e cidadania.
Cada participante das oficinas aprenderá todas as etapas de produção da mídia. Tanto a
produção de textos (do fanzine) e a produção de fotos (em saída fotográfica pela comunidade)
como também aprenderão a produzir as máquinas e os jornais. Uma apropriação midiática,
tanto da técnica quando do conteúdo.
O encerramento das atividades acontece no dia 16 de maio, às 16h, no Galpão C.H.A.M.A,
quando haverá a abertura da exposição As belezas do Pantanal, resultado das fotografias
tiradas pelos educandos das oficinas, e lançamento do fanzine produzido.
Esta é uma iniciativa do projeto C.H.A.M.A em parceria com o Projeto Olhar Cidadão,
idealizado pelo fotógrafo Lúcio Telles, com a Faculdade Sergipana -Faser e objetiva promover a
inclusão participativa de jovens no processo de comunicação gerando mídias comunitárias e
democráticas.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Pensando em tentar a vida na Europa? Leia essa matéria antes!


Um inquérito promovido pela Agência da União Europeia para os Direitos Fundamentais mostra que a discriminação, a perseguição e as violências de carácter racista estão muito mais espalhadas do que as estatísticas oficiais indicam. Os ciganos e os imigrantes dos países da África subsariana são os que mais sentem na pela a discriminação. Em Portugal o acesso ao crédito bancário ou à compra/aluguel de habitação é o que motiva mais queixas, de ciganos, brasileiros e ucranianos.

O racismo e as discriminações são muito reais na União Europeia, mas as vítimas não apresentam queixa por resignação ou medo. "Existe um problema de racismo em toda a UE e nós apresentamos provas àqueles países que o negam", afirmou Joanna Goodey, da Agência da União Europeia para os Direitos Fundamentais, criada em 2007.
O inquérito foi realizado nos 27 Estados membros junto de 23.500 pessoas imigrantes ou pertencentes a minorias étnicas. 55 por cento dos inquiridos considera ser muito vasta a discriminação no seu país de residência e 37 por cento diz ter sido alvo de um acto de discriminação nos últimos 12 meses, enquanto 12 por cento sofreu um crime racista no último ano (consulte o resumo do estudo).
Só que o número de queixas não reflecte estes dados precisamente porque, de acordo com a maioria dos inquiridos, existe receio de denunciar as discriminações ou a percepção de que de nada serve fazê-lo. Ciganos (47%) e imigrantes da África sub-sariana (41%) são os que mais sentem na pele a discriminação.
Em Portugal, 74% dos brasileiros considera que existe discriminação baseada na etnia ou na origem, tendo a mesma opinião 60 por cento de africanos sub-sarianos. Ciganos e ucranianos também denunciam a discriminação de que são vítimas, principalmente no acesso à habitação e ao crédito bancário.
Mas são as questões laborais que motivam mais queixas em Portugal. Uma discriminação que no relatório é apresentada sobretudo por guineenses, que protestam por serem recusados num emprego devido à etnia. Já os ucranianos sentem-se preteridos em favor dos portugueses quando se trata de uma promoção, e os brasileiros denunciam insultos no trabalho.
Como no resto da Europa, os ciganos são a etnia mais discriminada em Portugal, especialmente quando se trata de alugar e comprar casa, bem como no impedimento de entrada em restaurantes, lojas ou espaços de diversão noturna.

fonte: Esquerda.net

DJ Tudo e a sua Garrafada!


DJ TUDO é uma das variantes artísticas de Alfredo Bello, músico, pesquisador de cultura tradicional e contemporânea, que mergulha fundo nas atividades ligadas à música desde 1991, tocando com uma infinidade de artistas renomados em nosso cancioneiro popular. Pesquisador tenaz das expressões da tradição popular brasileira, o acervo já contabiliza 800 horas de gravações, sendo o segundo mais importante acervo de Música Tradicional do Brasil. A construção deste vasto material levou à criação do selo Mundo Melhor, com registros de vários grupos populares do Brasil inteiro. Somando esse conhecimento musical ao Baixo Acústico, elétrico, samplers, percussão, teclados e programações, surge o DJ TUDO que se manifesta em busca de novas expressões artísticas, desde tradições folclóricas e populares até a música eletrônica, através de toca discos e laptop, criando uma discotecagem ímpar, interligando e sobrepondo música tradicional e contermporânea/eletrônica de forma única. Desde os anos 90 animava festas na Universidade de Brasília, no ano de 2000, já morando em São Paulo, começou a realizar em Brasília a festa AFROFUTURISMO por sete edições, aos poucos o DJ Tudo foi ficando mais importante como uma forma de divulgar as produções do selo Mundo Melhor de Alfredo Bello, www.selomundomelhor.org e de outros artistas que foram produzidos por Alfredo Bello. Em Junho de 2008 lançou o Cd "GARRAFADA", pelo selo Mundo Melhor, onde tem faixas produzidas em discos de vários artistas como: Junio Barreto, Gero camilo, Luiz Gayotto, Simone Sou, Robertinho Silva, O Grande Barco, remix de Chico Correa e de grupos de Cultura Popular de vários locais do País comos os Índios Pankararu de Pernambuco, Moçambique da Nova Gameleira de BH-MG e Mestre Verdelinho das Alagoas, além de músicas autorais. Desde Julho de 2008 está divulgando o seu CD por várias festas e shows pelo Brasil. Ja passou por Recife, Brasília, Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo e Petrolina, como DJ e com a banda mutante GARRAFADA.

Myspace do DJ Tudo

DJ Tudo - Garrafada (2008)
1. Abertura
2. Nossa África
3. Baião de Viola/ É o dedo (com Solymar Cunha)
4. Hilaria (com Luiz Gayotto e Simone Sou)
5. Batucajé (com grupo Batucajé)
6. Rap do Rosário (com a Guarda de Moçamboque da Nova Gameleira)
7. Se ver que vai (com Junio Barreto)
8. Por um Mundo Melhor
9. Verdelinho das Alagoas (com O Grande Barco)
10. Mangangá (com Chico Correa & Eletronic band e Marcelo Monteiro)
11. Em cima daquela serra (com Lourdes de Anora e índios Pankararu)
12. Caniço pensante (com Thera Blue)
13. Desabarágua (com Gero Camilo)

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terça-feira, 21 de abril de 2009

Até Quando?


O Brasil foi o último país a abolir a escravidão negra.
O Brasil é o segundo país do mundo em população africana,somente a Nigéria tem mais negros.
Foi também o país que mais importou africanos para serem escravizados...4 milhões.
80% dos negros moram em favelas ou locais insalubres.
87% das crianças fora das escolas são negras.
Somente 47% dos negros concluíram o ensino médio.
Somente 1% dos negros completa a faculdade.
A renda de uma família negra é duas vezes inferior da de uma família branca.
40% dos homens negros são analfabetos, contra 18,5% dos brancos.

Mesmo com o Racismo histórico, somos o país onde mais tradições africanas se reciraram, pois o tráfico trouxe também as suas culturas.Temos a oportunidade de fazermos essas culturas se perpetuarem pois várias Áfricas existem em nossas almas.A nossa música popular tem uma grande dívida com a cultura negra.Todo brasileiro tem a proteção de um deus africano.Em quase todas as cidades do país existem festas públicas para esses deuses.Todo o preconceito contra as religiões de origem africana reside na ignorância e na total falta de conhecimento.Somos muito mais negros e índios do que pensamos, e negamos essa essência.Até quando? ATÉ QUANDO?

(Nossa África, por Dj Tudo)

Adão Dãxalebaradã: Princípio, meio e fim.


Adão dos Santos Tiago, mais conhecido por seu nome artístico "Dãxalebaradã" (significa na língua yorubá "princípio, meio e fim"), carioca, filho de protestantes, não podia ter contato com crianças que não eram da igreja, nem jogar bola de gude, nem soltar pipa (coisas do diabo, hora bolas!), então Adão, aos cinco ano, começou a brincar de fazer música, na época hinos para igreja. Por causa das constantes agressões do pai, fugiu de casa, indo parar em um reformatório na cidade de Passa Quatro, em Minas Gerais. Foi menino de rua e interno da Febem (Fundação Estadual do Bem Estar do Menor) onde ficou dos 9 aos 17 anos. Logo depois, foi expulso do exército e acabou envolvendo-se com a guerrilha na década de 1970. Envolvido com o tráfico do morro do Cantagalo e assaltos a bancos, o ex-guerrilheiro sobreviveu a muitos tiros nos vários embates e emboscadas com a polícia, e bandidos. Em 1973, quando tentava se afastar do tráfico, trabalhando como mecânico, foi vítima de um assalto, ao reagir e, sem ver que havia outro sujeito atrás, foi alvejado. O tiro o deixou numa cadeira de rodas semiparaplégico (semiparaplégico é o cidadão que consegue andar segurando nas coisas, tomar banho sozinho, etc). Um belo dia o cineasta Walter Salles que havia subido no Morro do Cantagalo, no Rio, à procura de novas expressões artísticas, foi levado à casa de Adão por Luanda, bailarina do projeto Dançando para Não Dançar e filha caçula do sujeito ao qual me refiro nessa postagem. O diretor de Abril Despedaçado ficou impressionado com o compositor, de mais de 500 canções, e o apresentou à sua parceira Daniela Thomas e ao irmão dela, o produtor musical Antônio Pinto (responsável pelas elogiadas trilhas dos filmes "Cidade de Deus", "Abril Despedaçado" e "Central do Brasil"). Walter, Daniela, e principalmente Antônio que ficou obcecado pelo discurso vigoroso e hipnotizado pelo som, decidiram revelar Adão. O resultado é o disco "Escolástica", o documentário "Somos Todos Filhos da Terra" e o "videoclipe Armas e Paz". Dãxalebaradã faleceu em janeiro de 2004 pouco depois de lançar seu único álbum, vítima de uma Hepatite C com infecção generalizada. Além de Compositor Adão foi locutor de rádio (entre 1997 e 1999 apresentou o programa "Zumbi vive", na rádio comunitária do morro em que residia) e ator (em 2002 o cineasta Fernando Meirelles o convidou para atuar com Pai-de-Santo no filme "Cidade de Deus").Fantástica aquela cena em que ele batiza Zé Pequeno.
Para registrar esse tesouro da MPB Antônio gravou Adão cantando e depois acrescentou em estúdio os instrumentos, com gente como o guitarrista Simon Katz (ex-Jamiroquai e hoje no Gorillaz), a CéU. O resultado é um álbum de força incomum, fundamentado no reggae, somado a belas sonoridades afropop e colagens dub que emolduram o discurso político e místico de suas loucas invenções poéticas.

Adão Dãxalebaradã - Escolástica (2003)

01- Doce como um Mel
02- Escolástica

03- Que Mundo é Esse
04- Riquiza e Cultura
05- Semente Violenta

06- Armas e Paz

07- África

08- Computador

09- Luanda

10- Vida Curta

11- Deus é um Negrão

12- Ilalá

13- O Diamante

14- Bibi Lobi
15-
Escolástica
16- Xirê

17- Vida Curta Remix**

18- Armas e Paz Remix***

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Coletivo Rádio Cipó

E pensar que tudo teve início meio que na brincadeira, em 2001. Quando o produtor e músico Carlinhos Vas, mais o engenheiro agrônomo Erik Martinez começaram a brincar com barulhinhos estranhos tirados de um microcomputador. Quem também tava na bagunça eram o radialista e compositor Rato Boy, figurinha das antigas, além do percussionista Luis Bolla. Nesse "conjunto de idéias coletivas", foi um passo pra que a comunidade da Álvaro Adolfo, da Pedreira, entrasse na onda e participasse das ações do grupo. De um tudo faziam. Mas, principalmente, aprendiam. Não parou de chegar moleque desocupado querendo participar das oficinas de percussão e ritmos eletrônicos, ministradas por Carlinhos e Bolla. Quando viram, a coisa tava grande. Domingo era dia de farra na Álvaro Adolfo. Ensaios abertos eram realizados, inserindo um canal de intercomunicação sócio-cultural e proporcionando ações de entretenimento e lazer na comunidade.
O Coletivo Radio Cipó é um núcleo de produção de mídia sonora aliado à tecnologia de áudio digital caseira na produção de pesquisas sonoras experimentais com o objetivo de divulgar essa produção para o Brasil e no exterior. O núcleo do CRC vem produzindo neste projeto músicas de autoria do Mestre Laurentino, Dona Onete, Mestre Bereco do grupo de carimbó Sancari e do próprio Coletivo Radio Cipó. Música feita através da parceria com a comunidade, integrando o popular e o moderno, bem como o urbano e o periférico compreendendo entre si o processo de crescimento e expansão da livre comunicação digital.
Aliado ao pensamento da coletividade, o projeto Coletivo RC vem gradativamente surtindo efeito, no que diz a respeito à mudança na qualidade de vida das pessoas e na sua melhor relação com o seu próprio meio. O CRC realiza, em fase experimental, ensaios livres junto com a comunidade (esses ensaios são realizados nas ruas do bairro da Pedreira), inserindo na periferia um canal de intercomunicação para a produção social, cultural, sonora e de entretenimento.


Musicalmente, podemos definir este projeto como uma fusão de atitudes e ritmos brasileiros e regionais (funk de morro, samba, pontos de terreiros, carimbó, batucadas, etc.) com experimentações sonoras de hip-hop, dub, breakbeats, jungle, ragga, rock, reggae jamaicano . A concepção musical do núcleo de produção é realizar interferência coletiva na cultura regional com a linguagem universal da música eletrônica.

Coletivo Rádio Cipó - Formigando na calçada do Brasil
1. Cowboy Sem Lei
2. Matinha do Cruzeiro
3. Foguete
4. Majey - O Terror do Setor
5. Brasil Especial
6. Me Considera
7. Homem Sem Baralho
8. Planeta Canal
9. Choque Elétrico Piau
10. Maresia
11. Amor Brejeiro
12. Paixão Cabocla
13. Lourinha Americana (versão DUB Mix Prazo de Entrega)

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segunda-feira, 20 de abril de 2009

Bicicletada: Você tem que conhecer!


A Bicicletada é um movimento iniciado a dez anos em São Francisco nos EUA se alastrando depois para o Brasil e Portugal. Inspirado na Massa Crítica (Critical Mass), onde ciclistas se juntam para reivindicar seu espaço nas ruas. Os principais objetivos da Bicicletada são divulgar a bicicleta como um meio de transporte, criar condições favoráveis para o uso deste veículo e tornar mais ecológicos e sustentáveis os sistemas de transporte de pessoas, principalmente no meio urbano.
A Bicicletada, assim como a Massa Crítica, não tem líderes ou estatutos, o que leva a variações de postura e comportamento de acordo com os participantes de cada localidade ou evento. Algumas Bicicletadas apresentam uma forte postura anti-carros, com faixas, cartazes e comportamento que criticam fortemente não só o uso de veículos motorizados como os próprios motoristas.
O maior mote da Bicicletada é "um carro a menos", usado principalmente para tentar obter um maior respeito dos veículos motorizados que trafegam nas ruas saturadas das grandes cidades.

O que você está esperando para começar a participar da Bicicletada (Critical Mass)?
Por que participar?
Porque atualmente a cidade de Aracaju só oferece condições favoráveis de circulação para quem possui automóvel, o verdadeiro responsável pelos constantes congestionamentos, por 90% do ruído urbano, por 80% da poluição contribuindo nas altas temperaturas da cidade.
Além disso, o crescimento da cidade, sustentado pela frase “Aracaju com jeito de Cidade Grande” faz com que grandes espaços que poderiam ser praças, parques, bosques ou qualquer tipo áreas de lazer ou cultural, para o uso exclusivo de pessoas está sendo substituído por estacionamentos, viadutos, mais vias, pontes e etc.
Como participar?
Para participar, só é preciso aparecer, munido de qualquer meio de transporte não motorizado, valendo até os seus próprios pés!!A bicicletada é gratuita e não exige o uso de capacete!
Nossos encontros acontecem sempre na última sexta-feira do mês das 18 às 20h na Praça do Ciclista, rótula do sinhazinha (divisão das av. Adélia Franco e Hermes Fontes).
Entre em contato:
Blog do Ciclo Urbano - Bicicletada Aracaju
Fórum Bicicletada Aracaju
Comunidade no Orkut
Site nacional da Bicicletada
Apocalipse Motorizado

domingo, 19 de abril de 2009

Songoro Cosongo e sua Salada de frutas musical!


O que se esperar de um grupo que une em sua formação músicos de Brasil, Argentina, Venezuela, Colômbia e Chile?A mistura é tão interessante que os próprios músicos intitularam o som do grupo de PsicoTropical Musik.
Pedro Pamplona (Brasileiro), Aléxis José Graterol (Venezuelano), Arturo Cussen (Chileno), René Rossano (Argentino), Nicolás Blanco (Colombiano), Victor Giraldo (Colombiano) e Javier Nasceu (Argentino), todos moradores do Rio de Janeiro, formaram em 2005 o Songoro Cosongo e vem desde lá tocando e animando as noites cariocas.
Se eu pudesse encontrar alguma expressão para resumir o som dessa galera, eu diria que o que eles tocam é uma salada de frutas musical, visto que o grupo reuniu as influências musicais de cada um dos músicos e assim criando sua identidade própria.É uma mistura de salsa, cumbia, merengue, frevo, chorinho, afro-beat, reggae, jazz que encanta logo na primeira audição.
conheça mais a banda:
Site Oficial
Blog da Banda

Songoro Cosongo - Misturado com cachaça fica muito bom
01. Começa a valer a partir de agora
02. Sancocho
03. Litros de Carinho
04. Songoro Cosongo
05. Aipim
06. Yorunga
07. Kilos de Amor
08. Merengue de Invierno
09. Ilha Grande
10. Frevintcho
11. Chorumbia
12. Maracujá
(clique com o botão direito do mouse e escolha "salvar como")

A Barca

A Barca iniciou suas atividades em 1998, é um grupo paulistano que se propôs à tarefa nada fácil de pesquisar, estudar e apresentar a música vinda das tradições populares de todo o Brasil. De dezembro de 2004 a fevereiro de 2005, o grupo A Barca viajou mais de 10.000 km por 9 estados brasileiros. Do Pará a São Paulo, realizando o projeto Turista Aprendiz, que visitou cerca de 30 cidades, desde quilombos e aldeias indígenas até periferias das grandes capitais, passando por pequenas cidades ribeirinhas, litorâneas e sertanejas. Além de movimentar a cultura local oferecendo opções de educação e entretenimento com a realização de shows e oficinas, registrou cerca de 40 comunidades ou artistas da tradição popular, reunindo um imenso acervo que inclui 300 horas de áudio e vídeo e 6 mil fotos, mostrando uma cultura popular exuberante e vigorosa, em que o talento dos artistas e a vitalidade dessas tradições revelam diversidade e identidade em um Brasil contemporâneo. A Barca agora apresenta o resultado deste projeto, realizando shows, oficinas e exibindo o documentário, aprofundando o diálogo iniciado com os artistas e comunidades tradicionais, propondo a descoberta de um novo caminho, no qual limites como cultura erudita e popular, tradição e contemporaneidade, sagrado e profano, devoção e diversão se desfazem. "É preparar ouvidos, vozes, pés e coração para trilhar conosco este caminho."

A Barca - Trupé (2005)

01 - Levanta a poeira - Quixabeira (BA) - Galego, Véio e Martinho
02 - Casa barata - Carimbó os Quentes da Madrugada (PA) - Tradicional
03 - Quando eu morrer - Carimbó os Quentes da Madrugada (PA) - Tradicional
04 - Coco de roda - Caiana dos Crioulos (PB) - Tradicional
05 - Na terça fui cantar coco - Coco da Zona da Mata (PE) - Tradicional
06 - Meu bombo é gemedor - Coco da Zona da Mata (PE) - Tradicional
07 - Cana caiana fulô de cubalelê - Coco da Zona da Mata (PE) - Tradicional
08 - Corção de ouro - Coco da Zona da Mata (PE) - Tradicional
09 - Dei um beijo em Carminha - Odete de Pilar (PE)
10 - Bota barro na parede - Odete de Pilar (PE)
11 - Eu sei o que achei comigo - Odete de Pilar (PE) Odete de Pilar
12 - Abra-te sede de ouro - Guerreiro de Mestra Margarida (CE) - Tradicional
13 - Boa noite todos - Guerreiro de Mestra Margarida (CE) - Tradicional
14 - Barca nova - Reisado dos Irmãos (CE) - Tradicional
15 - Partilha do boi - Reisado dos Irmãos (CE) - Tradicional
16 - Galopada Banda - Cabaçal de Mestre Miguel (CE) - Mestre Miguel
17 - Talaia Banda - Cabaçal de Mestre Miguel (CE) - Tradicional
18 - Baião - Rabequeiros da Paraíba - Tradicional
19 - Guerra, parré, tesoura, baião, guerra - Caboclinhos Cahetés (PE) - Tradicional
20 - Toada para Ogum - Sítio de Pai Adão (PE) - Tradicional
21 - Toada para Obaluaiê - Sítio de Pai Adão (PE) - Tradicional
22 - Toada para Xangô - Sítio de Pai Adão (PE) - Tradicional
23 - Pai João Congo - Congo do Quilombo Frechal (MA) - Tradicional
24 - Catita é Unxila - Congo do Quilombo Frechal (MA) - Tradicional
25 - Se o tatu subesse - Coco de Pirapemas (MA) - Tradicional
26 - Quem quiser comer mangaba - Mangaba de Pirapemas (MA) - Tradicional
27 - Vim salvar São Benedito - Tambor de Crioula de Taboca da Casa Fanti Ashati (MA) - Euclides Menezes Ferreira
28 - Rainha soube o que fez - Tambor de Crioula de Taboca da Casa Fanti Ashati (MA) - Euclides Menezes Ferreira
29 - Baiei na Bahia - Tambor de Crioula de Eliésio (MA) - Tradicional
30 - Nganga Muquixe - Congo de Justinópolis (MG) - Tradicional
31 - Saravá Zumbi - Jongo de Tamandaré (SP) - Togo
32 - Mãe preta - Jongo de Tamandaré (SP) - Totonho
33 - Ainé Angorô sinhô - Redandá (SP) - Tradicional
34 - Ará ará ê - Redandá (SP) - Tradicional
35 - Vapor da cachoera - Quixabeira (BA) - Galego, Véio e Martinho
36 - Hoje é festa na Mangueira - Quixabeira (BA) - Galego, Véio e Martinho

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sábado, 18 de abril de 2009

Kiko Dinucci & Bando AfroMacarrônico: Vocês ainda vão ouvir falar muito deles!

Posto agora uma das melhores coisas que ouvi dessa nova leva da música popular brasileira: Kiko Dinucci & Bando Afromacarrônico.
O grupo paulista faz um som que tem suas raízes no samba clássico de Adoniran Barbosa e Martinho da Vila, e na cultura africana.O Bando é formado por: Rafael y Castro (bateria), Julio Cesar (percussão), Railídia (voz), Dulce Monteiro (voz), Douglas Germano (Voz e cavaco) e Kiko Dinucci (Voz e violão).
Pastiche Nagô, o primeiro cd do grupo, que para mim foi um dos 5 melhores cds indepententes lançados no ano passado, teve até distribuição virtual nos EUA, por um selo gringo.Os caras de lá ja descobriram a beleza do som dessa galera, espero que aqui isso não tarde muito a acontecer.

O Bando AfroMacarrônico é formado por Raídia e Dulce nas vozes, Julio Cesar e Rafael y Castro na percussão, Douglas Germano no cavaco, voz e composiçõess e eu no violão, voz e composições. O grupo começou por volta de 2004, já teve várias formações, no começo a proposta era fazer o genuíno samba paulista, mas com a entrada de novas pessoas no grupo começamos a trabalhar com influências diversas, música latina, africana, norte-americana e os cambaus. (Kiko Dinucci)

Saiba mais dessa galera:
http://www.myspace.com/afromacarronico
http://www.afromacarronico.blogspot.com

Kiko Dinucci & Bando AfroMacarrônico - Pastiche Nagô (2008)
1. Engasga gato
2. Padê onã
3. Samba manco
4. Rainha das Cabeças
5. Ressureição
6. João Carranca
7. Mosquitinho de velório (Bônus EP)
8. Santa bamba (Bônus EP)
9. Tambú e candogueiro (Bônus EP)
10. Roda de Sampa (Bônus EP)

Sinta a essência aqui.



Martha Reeves & the Vandellas


Martha Reeves & the Vandellas foi um dos girl groups de sucesso da Motown, formado na década de 60.Martha Reever, Annette Beard, Gloria Williamson e Rosalind Ashford fundaram um grupo chamado The Del-Phis em 1960, posteriormente lançando um compacto mal-sucedido como The Vels. Martha Reeves, então secretária na Motown, foi chamada para gravar em 1962 depois que Mary Welss não apareceu para a sessão de estúdio. "I'll Have to Let Him Go" tornou-se o primeiro compacto de Martha & the Vandellas. Seu próximo compacto, "Come and Get These Memories", foi um grande sucesso, seguido por "(Love Is Like a) Heat Wave" e "Quicksand". "Dancing in the Street" tornou-se então o maior sucesso do grupo. Depois de mudanças na formação, as Vandellas deixam a Motown e acabam se separando em 72. Em 9 anos de carreira as moças colocaram 10 singles na lista dos mais ouvidos da Billboard, e 20 músicas na lista Billboard Hot 100, sendo que dentre essas, 6 entraram no top 10. Em 2004 a revista Rooling Stone rankeou o grupo na posição 96 da lista The Immortals: Os 100 maiores artistas de todos os tempos. To postando aí um álbum que reúne 2 dos melhores discos das moças em uma versão remasterizada.Poderia passar horas aqui elogiando o disco, mas só vou deixar uma dica pra despertar a curiosidade em baixar: A primeira faixa é uma versão de "Something" dos Beatles, que ficou impressionantemente melhor do que a original!

Martha Reeves & The Vandellas - Natural Resources (1970) / Black Magic (1972)


  1. "Something"
  2. "Easily Persuaded"
  3. "Didn't We"
  4. "I'm In Love"
  5. "Love, Guess Who"
  6. "Everybody's Talkin'"
  7. "Put a Little Love in Your Heart"
  8. "The Hurt Is Over (Since I Found You)"
  9. "Take a Look Around"
  10. "Won't It Be So Wonderful?"
  11. "I Should Be Proud"
  12. "People Got to Be Free"
  13. "No One There"
  14. "Your Love Makes It All Worthwhile"
  15. "Benjamin"
  16. "Tear It On Down"
  17. "I've Given You the Best of My Life"
  18. "Bless You"
  19. "I want you back"
  20. "In & Out of My Life"
  21. "Anyone Who Had a Heart"
  22. "Hope I Don't Get My Heart Broke"
  23. "I gotta let you go"
  24. "Earthquake"
  25. "People got to be free"
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sexta-feira, 17 de abril de 2009

O grande Naná Vasconcelos!


Poucos conhecerão Juvenal de Holanda Vasconcelos, mas o mundo inteiro (ou boa parte dele) conhece a fama de Naná Vasconcelos, um pernambucano de Recife nascido em 2 de setembro de 1944. Desde jovem se envolveu com os conjuntos de maracatu locais.Começou a tocar aos 12 anos de idade, junto com o pai em uma banda marcial.Durante toda sua carreira sempre teve preferência por instrumentos de percussão, e na década de 60 se notabilizou por seu talento com o berimbau, mas Naná não resume-se ao instrumento longitudinal - toca praticamente todos os instrumentos percussivos que lhe chega às mãos, e de forma pessoal, o que é extremamente difícil no gênero. Naná tem uma extensa carreira no exterior. A partir de 1967 ele atua como percussionista ao lado de diversos nomes de peso do jazz/world music mundial.Fixou residência em Paris, por cinco anos. O primeiro disco saiu dessa fase com o nome Africadeus. Amazonas saiu quando retornou ao Brasil, em 1972. Daí em diante, ligou-se a outra figura única na música brasileira, para uma parceria de oito anos e três discos: Egberto Gismonti.
Site oficial de Naná.




















Egberto Gismonti & Naná Vasconcelos - A dança das cabeças (1977)



01 Quarto mundo + 1 (Egberto Gismonti)
02 Dança das cabeças (Egberto Gismonti)
03 Águas luminosas (D.Bressane)
04 Celebração de núpcias (Egberto Gismonti)

05 Porta encantada (Egberto Gismonti)

06 Quarto mundo + 2 (Egberto Gismonti)
07 Tango (Geraldo Carneiro - Egberto Gismonti)
08 Bambuzal (Egberto Gismonti)
09 Fé cega, faca amolada (Milton Nascimento - Ronaldo Bastos)

10 Dança solitária (Egberto Gismonti)

Naná Vasconcelos - Berimbau, Percussão, Vocal
Egberto Gismonti - Flauta, violão de 8 cordas, Voz

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quinta-feira, 16 de abril de 2009

Fela Kuti, o Presidente do Afrobeat!

Fela Kuti nasceu em Abeokuta, no estado de Ogun, na Nigéria em uma familía de classe média. Sua mãe, Funmilayo Ransome-Kuti , a primeira mulher nigeriana a dirigir um automóvel, foi uma feminista atuante no movimento anticolonial, e seu pai, Reverendo Israel Oludotun Ransome-Kuti , um pastor protestante e diretor de escola, foi o primeiro presidente da União Nigeriana de Professores.
Ele mudou-se para Londres em 1958 com a intenção de estudar medicina, mas acabou decidindo ir estudar música no Trinity College of Music. Lá, ele formou a banda Koola Lobitos, tocando um estilo de música que chamaria posteriormente de Afrobeat.O som era uma mistura do jazz americano, com o rock psicodélico e o highlife da África Ocidental.
Fela e sua banda, renomeada para "Africa '70" retornaram para a Nigéria. Ele então formou a República Kalakuta, uma comuna, um estúdio de gravação e uma casa para muitos conectados à banda a qual mais tarde ele declarou independente do Estado da Nigéria. Fela montou uma boate no Empire Hotel, chamado de Afro-Spot e depois Afrika Shrine, onde ele cantava regularmente. Fela também mudou o seu nome do meio para "Anikulapo" (que significa "aquele que carrega a morte no bolso"), declarando que o seu nome do meio original, Ransome, era um nome de escravo. As gravações continuaram e a música se tornou mais motivada politicamente. A música de Fela se tornou bastante popular entre os cidadãos nigerianos e africanos em geral.À medida que a música de Fela tinha se tornado popular na Nigéria e em todo lugar, ela também era bastante impopular entre o governo no poder e ataques à República Kalakuta eram freqüentes.
Em 1977 Fela e a Afrika 70 lançaram o sucesso Zombie, um ataque mordaz aos soldados nigerianos, usando a metáfora "zumbi" para descrever os métodos das forças armadas nigerianas. O álbum foi um sucesso esmagador entre o público e enfureceu o governo, dando início a um cruel ataque à República Kalakuta, durante o qual mil soldados atacaram a comuna. Fela foi severamente espancado, e sua mãe idosa foi arremessada de uma janela, causando ferimentos fatais. A República Kalakuta foi incendiada e o estúdio, instrumentos e gravações originais de Fela foram destruídos. Fela afirmou que teria sido morto se não fosse pela intervenção de um oficial comandante quando estava sendo espancado. A resposta de Fela ao ataque foi enviar o caixão de sua mãe para o quartel principal em Lagos e escrever duas canções, "Coffin for Head of State" e "Unknown Soldier", referindo-se ao inquérito oficial que afirmou que a comuna foi destruída por um soldado desconhecido.
Em 3 de agosto de 1997 Olikoye Ransome-Kuti, irmão de Fela,um já proeminente ativista contra a AIDS e anterior Ministro da Saúde, surpreendeu a nação anunciando a morte de seu irmão mais novo um dia antes de sarcoma de kaposi causado por AIDS. (O irmão mais novo deles, Beki, estava preso no momento pelas mãos de Abacha por atividade política). Mais de um milhão de pessoas compareceram ao funeral de Fela no local do antigo recinto da Shrine. Uma nova Africa Shrine foi aberta depois da morte de Fela em uma diferente seção de Lagos sob a supervisão do seu filho Femi Kuti.

Fela Kuti & África 70 - Roforofo Fight / Go Slow (1972)

01.Roforofo flight
02.Go slow
03.Question jam answer
04.Trouble sleep yanga wake am
05.Shenshema
06.Aryia

Sinta a essência aqui.


quarta-feira, 15 de abril de 2009

Poder Para o Povo Preto!



A Motown Records, é uma gravadora americana fundada em 14 de dezembro de 1959 por Berry Gordy Jr. na cidade de Detroit-USA.O nome da gravadora é uma redução de "Motor Town" nome pelo qual é conhecida a cidade, devido a grande quantidade de montadoras de automóveis que existem ali.Nos anos 60 foi a mais bem sucedida na criação daquilo que se tornou conhecido como O Som da Motown, um estilo de SOUL bem característico.Foi um precursor da era disco da década de 70.Apesar de terem existido músicos negros norte-americanos de grande sucesso antes dos anos 60, a Motown foi a mais importante lançadora de artistas negros desde seu surgimento até o surgimento do chamado Hip-hop.Foi também a primeira a lançar músicas que deixavam de lado o puro e simples lirismo e mergulhavam também em temas socio-políticos.Seus artistas eram vestidos, penteados e coreografados de modo impecável, para exibições ao vivo nas TV's e shows.Deveriam, para a gravadora, funcionar como uma espécie de "embaixadores" para outros artistas negros norte-americanos em busca de sucesso.Tanto cuidado na produção deu resultados: de 1961 a 1971 a Motown conseguiu emplacar nada menos que 110 músicas no "Top 10" norte-americano. Para completar o acompanhamento de alguns artistas, a gravadora teve também sua própria orquestra, chamada "The Funk Brothers".
Saiba mais aqui.

Essa coletânea reflete um período importante para a cultura americana nos EUA.Os assassinatos de Martin Luther King Jr. e de Malcom X, Mohamed Ali falando na TV e aparecendo como embaixador das questões negras, o surgimento dos Black Panthers.A Motown esteve ali inserida em tudo isso.Além de ser uma coletânea de bandas e son muito bons, é o registro histórico de uma era.
Power to the Motown People! Civil Rights Anthems and Political Soul 1968-1975

CD 1
01. Marvin Gaye - What's Going On (Detroit Mix)
02. Undisputed Truth - Ball Of Confusion (That's What The World Is Today)
03. David Ruffin - Flower Child
04. Bobby Taylor & The Vancouvers - Does Your Mama Know About Me
05. Martha Reeves & The Vandellas - I Should Be Proud
06. Diana Ross & The Supremes - I'm Livin' In Shame
07. Edwin Starr - Cloud Nine
08. Temptations - Plastic Man
09. Reuben Howell - Help The People
10. Eddie Kendricks - My People Hold On
11. Diana Ross & The Supremes - Young Folks
12. Syreeta - Black Maybe
13. Marvin Gaye - What's Happening Brother (Detroit Mix)
14. Temptations - Message From A Black Man
15. Undisputed Truth - Ungena Za Ulimwengu (Unite The World)
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CD 2
01. Stevie Wonder - Do Yourself A Favor
02. Smokey Robinson - Just My Soul Responding
03. Marvin Gaye - Inner City Blues (Make Me Wanna Holler)
04. Willie Hutch - Brother's Gonna Work It Out
05. Gladys Knight & The Pips - Friendship Train
06. Undisputed Truth - Smiling Faces Sometimes
07. Temptations - Slave
08. Junior Walker & The All Stars - Right On Brothers And Sisters
09. Marvin Gaye - You're The Man (parts 1 and 2)
10. Willie Hutch - Life's No Fun Living In The Ghetto
11. Temptations - War
12. Edwin Starr - Stop The War Now
13. Miracles - Ain't Nobody Straight In LA
14. Diana Ross & The Supremes - Shadows Of Society
15. Temptations - Masterpiece

Sinta a essência do disco 1.
Sinta a essência do disco2.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Jesse Owens, o atleta negro que desafiou Hitler!

Negro, neto de escravos, o norte-americano James Cleveland "Jesse" Owens, nascido em Danville, Alabama, em 1913, foi um dos maiores atletas de todos os tempos. Aos 16 anos, bateu todos os recordes norte-americanos de sua categoria. Entrou para a história do esporte em 25 de maio de 1935, quando quebrou 5 recordes mundiais e igualou o sexto num espaço de apenas 45 minutos. Um destes recordes, o de 8,13m no salto em distância, levou 25 anos para ser quebrado.

Qualificou-se para a equipe americana que disputaria os Jogos Olímpicos de 1936, em Berlim, capital da Alemanha, em provas de velocidade e salto em distância. Adolf Hitler e o regime nazista que imperava na Alemanha à época queria aproveitar os Jogos Olímpicos para demonstrar a superioridade da raça ariana. Chegou confiante em solo alemão, dizendo acreditar que ganharia 3 medalhas de ouro, mesmo sem querer parecer presunçoso. Jesse era a verdadeira antítese do que pregava a ideologia nazista.
Sua saga olímpica começou ao vencer os 100m rasos. Com o tempo de 10s3, igualou o recorde olímpico estabelecido quatro anos antes.
No salto em distância, quase não se classificou para a final. Havia errado nas 3 primeiras tentativas das eliminatórias, em uma prova em que ele era o recordista mundial. Seu adversário mais perigoso, o alemão Luz Long, certo de sua vitória, saudou Hitler nas tribunas com o braço direito erguido. Passando por cima das diferenças raciais, o alemão chegou junto de Owens e sugeriu que ele atrasasse seu ponto de arranque. Owens precisava de 7,15m para se classificar à final. Atendendo à dica do adversário, Owens saltou exatos 7,15m e se classificou ao apagar das luzes. Já na final, Luz alcançou 7,54m no seu primeiro salto. Owens conseguiu 7,74m. Na segunda tentativa, o alemão igualou o americano. Owens marcou 7,87m. O alemão vai à pista de novo e iguala a marca de Owens mais uma vez. Neste momento, o alemão seria o campeão mesmo com o empate, já que detinha os melhores saltos da competição. Hitler referiu-se a Owens como "africano auxiliar dos americanos". O americano então marca 7,94m, 10cm acima do alemão. Irritado, Hitler abandona o local. Em seu último salto, Jesse marcou 8,06m, confirmando sua segunda medalha de ouro. O adversário alemão foi o primeiro a lhe cumprimentar.
No dia seguinte, venceu os 200m, conquistando sua terceira medalha de ouro em 3 dias, vencendo os adversários, a chuva e o vento em Berlim, com o tempo de 20s7.
Jesse Owens ainda fechou o revezamento americano 4x100m rasos, conquistando sua quarta medalha de ouro. Este feito só foi igualado por Carl Lewis nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1984.
Porém, ao retornar aos EUA, Jesse Owens não teve uma recepção à altura de seus feitos. Os EUA também eram (e o são até hoje) um país racista. Foi ignorado pelos dirigentes americanos e pelo presidente da república Franklin Delano Roosevelt. Disse Owens: "Hitler não me cumprimentou, mas também não fui convidado para ir à Casa Branca receber um aperto de mão do presidente do meu país".
Owens viveu por muito tempo em dificuldades financeiras, aceitando correr contra cavalos, cachorros e motos em troca de dinheiro. Só foi ganhar dinheiro na década de 50, ao abrir uma empresa e começar a fazer conferências pelo país. Morreu aos 66 anos.
Em 2002 Molefi Kete Asante citou Jesse Owens em seu livro, um dicionário biográfico chamado "Os 100 maiores Afro Americanos".
Todo respeito a Jesse Owens!

(texto extraído do site Histórias do Esporte)


"Cansei da frase polida / por anjos da cara pálida (...) / agora eu quero a pedrada / chuva de pedras palavras / distribuindo pauladas."

Paulo Leminski