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Praça São Francisco, Patrimônio da Humanidade!

domingo, 28 de março de 2010

Orchestra Baobab

Formada no início da década de 70, em Dakar - Senegal, com músicos de várias partes da África, a Orchestra Baobab se firmou como uma das bandas mais populares do continente. Fazendo uma mistura do som típico do oeste africano com a música Afro-Cubana-Caribenha a banda gravou 15 álbuns em 17 anos de existência, e chegou a encerrar suas atividades no ano de 1987.
Em 2001 o selo inglês World Circuit relançou Pirate's Choice, gravado originalmente em 1982, em gravação remasterizada e com faixas bônus, o que despertou novamente o interesse pela banda, agora nos Estados Unidos e Europa. Tal interesse animou os integrantes da banda, que nesse mesmo ano voltaram a se apresentar. Made in Dakar é seu mais recente álbum, que mesca sucessos desses 20 anos de banda, com novas músicas.

Orchestra Baobab - Made in Dakar [2007]

1. Papa Ndiaye
2. Nijaay
3. Beni Baraale
4. Ami Kita Bay
5. Cabral
6. Sibam
7. Aline
8. Ndéleng Ndéleng
9. Jirim
10. Bikowa
11. Colette

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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Pena Branca e Xavantinho



Irmãos criados na zona rural de Uberlândia (MG), começaram a tocar juntos na infância. Em 1950, quando Pena Branca (José Ramiro Sobrinho) tinha 12 anos e Xavantinho (Ranulfo Ramiro da Silva) 9, o pai morreu, e todos os sete irmãos se viram obrigados a trabalhar na lavoura. Em 1958 participam pela primeira vez de um programa da Rádio Educadora de Uberlândia, ainda sem o nome Pena Branca e Xavantinho. Na década de 60 se apresentam em cidades do interior até 1968, quando decidem tentar a sorte em São Paulo. Passam a freqüentar clubes de música caipira, onde conhecem outras duplas, como Tonico e Tinoco e Milionário e José Rico. Gravam o primeiro compacto, "Saudade", em 1970, quando adotam o nome artístico definitivo. Durante os anos 70 se apresentaram em shows, inicialmente ao lado de Tonico e Tinoco, e mais tarde como atração principal. Em 1980 participaram do festival MPB Shell, defendendo a música "Que Terreiro É Esse?" acompanhados por 16 violeiros da Orquestra de Guarulhos e percussionistas, classificando-se para as finais. Em seguida lançaram o primeiro LP, "Velha Morada" e passaram a ser figura constante em programas de televisão e no rádio. Em 1987 o CD "Cio da Terra" teve participação de Milton Nascimento, promovendo a mistura entre estilos musicais. A dupla ganhou cinco prêmios Sharp ao longo da carreira, encerrada em outubro de 1999, com a morte de Xavantinho. Pena Branca continuou gravando sozinho, ganhando inclusive um Grammy Latino no ano 2000, até falecer segunda-feira, dia 7, vítima de um ataque cardíaco.


Pena Branca & Xavantinho - A música deste século por seus autores e intérpretes [2000]

1 O cio da terra
(Chico Buarque - Milton Nascimento)
2 Boiadeiro do norte
(Zulmiro Silva)
3 Casinha de aço
(Teddy Vieira - Roque de Almeida)
4 Amo-te muito
(João Chaves)
5 Velho catireiro
(Xavantinho - Pena Branca)
6 Reisado
(Teddy Vieira)
7 Calix bento
(Tavinho Moura)
8 Que terreiro é esse?
(Xavantinho)
9 Mazzaropi
(Jean Garfunkel - Paulo Garfunkel)
10 Felicidade
(Lupicínio Rodrigues)
11 Memória de carreiro
(Juraildes da Cruz)
12 Cuitelinho
(Antônio Xando - Paulo Vanzolini)
13 E a mata gemeu
(Xavantinho - Maria Chiquinha)
14 O cio da terra (2)
(Chico Buarque - Milton Nascimento)

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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Gene Krupa, "O começo e o fim de todos os bateristas"


Nas primeiras cenas de Pollock (Pollock,2000 de Ed Harris), o próprio Jackson Pollock chapado pergunta a seu irmão: -Quem é o melhor baterista do mundo? e ele mesmo responde: Gene Krupa!

No início da década de 20 o jazz de New Orleans já não era uma exclusividade dos negros, os brancos também começaram a se enveredar, e mesmo sendo considerado menos expressivo, era técnicamente mais acabado.O "jazz branco" da década de 20 ficou conhecido como Dixieland.

Eugene Bertram Kupa (1909-1973) veio a se tornar um dos músicos mais importantes do Jazz Dixieland. Baterista, bandleader e showman, Gene nasceu em Chicago, onde começou sua carreira ainda adolescente. Caçula de nove irmãos, aos onze anos arrumou um emprego limpando janelas em uma loja de instrumentos e partituras chamada Brown Music Company; com o dinheiro recebido resolveu comprar o instrumento mais barato da lista - uma bateria.

Entusiasmou-se com a idéia de tocar bateria e começou a procurar jovens músicos em sua escola e em chás dançantes para tocar com ele. Em breve suas atividades musicais começaram a interferir em sua vida acadêmica, dormindo freqüentemente na classe.
Descobre uma banda de músicos brancos que toca em um teatro na zona sul (South Side) de Chicago, da qual fazia parte um baterista chamado Dave Tough, de quem tornaria-se amigo e seguidor. Tough o leva para ouvir a King Oliver´s Creole Jazz Bandque estava de passagem por Chicago, e o jovem encanta-se com o estilo do baterista negro Baby Dodds, sendo esse seu novo ídolo. Krupa impressionou-se tanto com o estilo de Dodds que passou a dedicar-se quase que integralmente ao estudo do jazz negro. Naquela época músicos negros eram proibidos de tocar com brancos.

Apesar de seu visual de rebelde - cabelos revoltos e mascador de chiclete - Krupa era um músico extremamente disciplinado e estudioso.

Em 1934, o produtor John Hammond convence Krupa a integrar a orquestra de Benny Goodman, que então tinha como arranjador Fletcher Henderson. A transmissão do programa de rádio de Benny Goodman Let´s Dance para todos os EUA através da NBC trouxe rápido reconhecimento do talento de Krupa.

Após desentendimentos que já vinham da época das jam sessions em Chicago - Goodman achava que Krupa exagerava no virtuosismo - deixa a orquestra do bandleader para formar a sua própria, que contava com a presença do trompetista Roy Eldridge e da cantora Anita O´Day. A orquestra foi um sucesso até o ano de 1943, quando Krupa foi preso por posse de maconha e ficou preso por oitenta dias, saindo sob fiança. Volta por um curto período para a orquestra de Benny Goodman, antes de integrar a de Tommy Dorsey. Consegue formar sua orquestra novamente, e tem grande êxito até 1951 quando, influenciado pelo bebop, começa a tocar com formações menores, sendo um dos únicos bandleaders da era do swing a se modernizar.

Com suas técnicas, Gene Krupa tornou-se o grande mestre dos bateristas, ao mesmo tempo ídolo e professor de toda uma geração de músicos. The Gene Krupa Drum Method é o título de seu livro. Em 1941 criou o concurso Gene Krupa Drum Contest.

A seguir, rodou vários filmes em Hollywood, foi preso e condenado supostamente por posse de drogas. Nos anos 50 tocou com todos os grandes músicos da era, o clarinetista Buddy De Franco, o saxofonista Charlie Ventura e o trompetista Red Rodney, entre outros. Mas nunca se ateve a um só estilo, experimentando constantemente com os ritmos e novos elementos na bateria.

Embora fosse o primeiro baterista a tocar um solo no Carnegie Hall, Krupa conhecia os seus limites:

"Eu sempre olhei bem para o público, ao fazer um solo, e quando notava uma certa agitação nas pessoas, sabia que era a hora de parar com o show e dar espaço para o grupo voltar a tocar".

Em 1960, sofre um ataque cardíaco e reduz drasticamente suas aparições, participando esporadicamente de reuniões da orquestra de Tommy Dorsey. Morre em 1973, e apesar de estar sob tratamento para leucemia, sua morte foi atribuída a outro ataque cardíaco. Segundo alguns críticos de jazz, a arte de Kruppa nunca voi superada.

Gene Krupa foi "o começo e o fim de todos os bateristas", disse Buddy Rich em seu túmulo, elogio que vale dobrado, vindo de um colega e concorrente.

(Texto adaptado de EJazz, com inclusões)

Gene Krupa - Drum Boogie

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terça-feira, 26 de janeiro de 2010

ChicoCorrea & Electronic Band


“Não queremos levantar nenhuma bandeira de resgate, mas pegar ritmos locais e mostrá-los de forma espontânea”, diz Esmeraldo Marques, que atende pelo codinome de Chico Correa em homenagem a Chick Corea, músico que nos anos 70 foi o precursor da fusão do jazz com linguagens musicais tecnológicas.


Jazz? Música erudita? Forró? Bossa? Eletrônica? Reggae? Funk? Baião? Rock?

O multiinstrumentista paraibano Esmeraldo Marques responde "sim" a todas as alternativas anteriores. Homenageando (e "abrasileirando") o ícone jazz-funk Chick Corea (e sua Electric Band), ChicoCorrea & Electronic Band expande os horizontes da música nordestina para muito além da afrociberdelia do mangue beat.
Corrêa, que é baiano de Juazeiro e atualmente vive em João Pessoa, também utiliza músicas folclóricas de domínio público em seu repertório. Isto foi resultado de pesquisa que ele desenvolveu quando foi bolsista do Laboratório de Estudos da Oralidade, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

Sampler, pedais de eco, scratches e programas de computador são apenas instrumentos a mais que, além de teclados, guitarra, baixo e percussão, convivem em harmonia caótica, correndo atrás do groove. O regionalismo é marcante, mas também é universal e de repente um pandeiro pode ser uma base de ragga, que vira um drum'n'bass, que quase sempre descamba para jam sessions de ritmo e psicodelia nordestina.

Em 2008 o grupo se juntou ao quadrinista Shiko e ao coneasta Carlos Dowling e fizeram do vídeo da música Lelê um curta-metragem de animação, que foi exibido inclusive no Festival Anima Mundi 2008.
"Fizemos uma primeira versão pro FIC, depois recebemos uma proposta de uma empresa do Rio de Janeiro para fazer uma versão mais alongada e essa foi uma das razões da demora", conta Carlos Dowling que dirigiu, juntamente com o Shiko, "Lelê". A animação ficou a cargo de Daniel Monguilhott.

O primeiro cd do grupo, lançado em 2006 foi todo disponibilizado em um site japonês, chamado Bump Foot, segue abaixo o link pra quem quiser embarcar nessa viagem:

ChicoCorrea & Electronic Band [2006]

1. Eu pisei na pedra
2. Cantador
3. Mangangá
4. Bossinha
5. Coco de elevador
6. Terra
7. Baião Lo-Fi
8. Lelê
9. Odete [remix 2006]
10. Baile muderno
11. Descanso de tela
12. Cantador [Armando Antônio remix]
13. Bossinha [Aquilez remix]

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(O legal é que nesse link você também pode baixar as músicas separadamente)

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Andreia Dias

(...) avassalador. Se este disco pudesse ser absorvido
a ponto de virar referência, o futuro da música do Brasil seria brilhante.
Marcus Preto, Revista Rolling Stone (Jan. 2008)


A cantora e compositora Andreia Dias, conhecida por seu trabalho na Banda Glória e na DonaZica, estréia com uma disco impecável, Vol. 1. Em seu primeiro trabalho solo, Andreia apresenta um repertório surpreendente e original. Ela assina todas as canções (duas em parceria com Iara Rennó) e produção ficou a cargo do baterista Guilherme Kastrup. Durante as gravações, Andreia cantou ao lado do guitarrista cearense Fernando Catatau, do baixista Luque Barros, de Marcelo Jeneci nos teclados e do próprio Guilherme Kastrup. O CD ainda teve participações da DonaZica, Osvaldinho da Cuíca, e outros amigos.

Vol. 1, foi masterizado nos Estúdios YB por Gustavo Lenza e saiu pelo selo independente Scubidu Records, com distribuição física e digital pela Tratore.

Vol. 1 tem sido muito bem recebido tanto no Brasil como no exterior. Revistas de destaque como Rolling Stone, VejaSP, Carta Capital e os principais jornais elogiaram a originiladade das composições e a sonoridade única, bastante diversa do que a maioria das cantoras atuais tem mostrado. Uma das canções do CD, Asas, tem feito bsatante sucesso no Garageband.com, onde venceu uma série de prêmios como Track of the Week, Best Female Vocals e Rocking Track na categoria World Music. Além dos prêmios, Andreia foi descrita como “uma máquina melódica”. De fato, suas performances e sua voz fazem de suas músicas uma experiência inesquecível.

Depois de algum tempo no Rio de Janeiro, a paulistana Andreia Dias resolve voltar para a casa, ela estava desiludida com o cenário musical brasileiro. Nessa volta, Andreia conhece Iara Rennó, com quem logo vê a necessidade de criar um movimento musical coletivo, juntando suas forças criativas sob um nome comum. O resultado foi o Projeto Zigzira, que originou a banda DonaZica, hoje bastante conhecida por suas apresentações marcantes. Com a banda, Andreia teve sua composição Vampiro Tupiniquim premiada no Festival de Música da PUC

Em 2003, Andreia é acolhida por Frederico Mazzucheli na Banda Glória, onde interpreta, entre outras, diversas músicas de sua autoria. Na própria Banda Glória Andreia conheceu os músicos que participariam da produção de seu primeiro disco, o Vol. 1 de uma trilogia, que diz-se por aí, já está praticamente toda composta. Guilherme Kastrup e Marcelo Jeneci demonstram grande interesse nas composições de Andreia e assumem a produção do disco. O resultado é uma sonoridade que desponta com a força e originalidade que se espera de uma artista como Andreia.

(Texto extraído do site da Andreia Dias)

Saiba mais sobre a moça: SITE // MYSPACE // SCUBIDU RECORDS

ANDREIA DIAS - Vol.1 [2007]

01. Asas
02. Bode
03. Homem
04. Seu retrato
05. O fio da comunicação
06. Vampiro tupiniquim
07. Veia urbana
08. Madrugada
09. Libido
10. Não mais que um dia
11. Linfa ácida

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ou
Baixe pelo site da Scubidu Records


segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Se vê que vai cair deita de vez!


Ainda pivete, graças ao rádio "Transglobo" de seu pai, Junio Barreto começou a notar que a distância entre Caruaru e o resto do mundo era menor do que sugeriam os livros de geografia. Sabedor da ausência de fronteiras da música, guardou os ritmos do agreste no juízo e se mandou, ainda adolescente, pro Recife. Aboios, violeiros, baião, banda de pífanos, frevo, coco, xaxado levou tudo junto em seu matulão. Impregnado de agreste, sertão e litoral, aportou na concrete jungle paulistana suavemente, sem alarde. Aos poucos São Paulo foi se abestalhando com o namoro de candomblé e drum’n bass celebrado pelo seu novo inquilino.
Voz de tenor, alma negra, o sossego em pessoa, Junio Barreto 40 anos, amigo e parceiro de Otto, lança agora seu primeiro disco solo.
Com 10 faixas, o independente "Junio Barreto", viabilizado pela lei de incentivo à cultura do governo de PE, tem o terreiro em sua essência, seja o terreiro de maracatu, de candomblé ou mesmo o pedaço de barro batido que abriga almas e passos em quintais pelo Brasil afora. São sambas conduzidos com melancolia e delicadeza, aboios que se transfiguram a partir de arranjos modernos e sofisticados. Nove das dez canções são da lavra do autor. A exceção só confirma a regra de que não se trata de um disco comum. Em "A Mesma Rosa Amarela", letra do poeta Carlos Pena Filho musicada por Capiba e anteriormente gravada por Maysa, o vozeirão de Junio é acompanhado por um esmerado piano acústico de Lincoln Antônio e por moogs, numa combinação de arrepiar. As demais composições, recheadas de vocábulos recriados, mostram um autor influenciado por Guimarães Rosa e Manoel de Barros e atento ao falares do agreste e do sertão. Revelam um compositor avançado em anos, não poeta extemporâneo: poeta de tempo próprio.
(texto retirado do Trama Virtual)

Junio Barreto - Junio Barreto [2004]

1. Qualé mago
2. Se vê que vai cair deita de vez
3. Amigos bons
4. Aclimação
5. Oiê
6. SantAna
7. Passeio
8. Do caipora ao mar
9. A mesma rosa amarela
10.
Se vê que vai cair deita de vez (Remix por DJ Tudo)

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domingo, 3 de janeiro de 2010

Salve Ogum, Salve Xangô!


O ano era 1975...
Gilberto Gil e Jorge Ben entram em estúdio para registrar em vinil uma das jam sessions mais lisérgicas de todos os tempos. Essa foi a definição que eu consegui axar para Ogum Xangô.
Cada um empunhando o seu violão, e acompanhados por um percussionista fizeram uma gravação acústica, com arranjos feitos totalmente no improviso, e músicas com 3 vezes o seu tamanho normal. O clima é de total liberdade, onde fica evidente o entrosamento dos dois.
Existem algumas curiosidades em torno do disco. O mesmo teve duas capas, uma do vinil original, e outra para o relançamento em cd. O álbum possui duas versões em cd, uma primeira, com as faixas editadas (as musicas beiram os 10 minutos, 4 delas conseguem até ultrapassar a marca), a segunda com as músicas em versões integrais. Em vinil, ele é um álbum duplo.
Outra lenda é que os caras estavam chapadíssimos quando rolou essa gravação... (Sinceramente, não duvido! Quando você ouvir o disco vai saber porque!).
Lendas que sempre acompanham as obras-primas. Embarquem nessa viagem!

Gil e Jorge - Ogum Xangô [1975]
1. Meu glorioso São Cristóvão 08:16
2. Nega 10:34
3. Jurubeba 11:37
4. Quem mandou (Pé na estrada) 06:51
5. Taj Mahal 14:42
6. Morre o burro fica o homem 06:03
7. Essa é pra tocar no rádio 06:19
8. Filhos de Gandhi 13:03

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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Calma Mama: Isso é Echo Sound System!

Tava pensando em postar algo especial, afinal, é o último post de 2009.
E assim vai ser! Post esse que lembra meu último passeio a Salvador, quando fiquei na casa de amig@s que entendem muito de som, diga-se de passagem heehe! E essa pérola eu tive o prazer de ouvir pela primeira vez lá com eles.Preparem-se: Isso é Echo Sound System!

O Echo Sound System é um coletivo formado pelos produtores Gustavo Sola e Pedro Dubstrong (responsável pelo belíssimo e altamente indicável Disco Devil) e pelo multi-instrumentista Gustavo Veiga. O nome entrega logo de cara: os três seguem a escola dos Sound System (Sistemas de som) jamaicanos, conseguindo através disso fazer uma produção que une em um único trabalho reggae, dub, rocksteady, ragga e hip-hop. É como se você preparasse uma sequência de sons pra sua festa, e a festa do Echo é muito boa!

E como todo projeto de produtores, a produção é impecável, tanto musicalmente como de material. Quem ja teve o cd deles em mãos ou ja conferiu o site dos caras deve ter se impressionado assim como eu! É muito tudo muito bem feito, coisa de deixar gringo babando!

Voltando ao cd,
Tempo Vai Dizer, lançado em 2006 pela ST2 Records traz 21 faixas, entre sons e vinhetas, e é daqueles discos que ja nascem clássicos! Gustavo Veiga ficou encarregado de violão, baixo, teclados, flauta e escaleta, o baixista Gema e o saxofonista André Salazar completam o time.
As participações também são um show a parte:
Funk Buia (MC do Z'África Brasil), Jimmy Luv e Arcanjo (Enganjaduz/ Família 7 Velas) e as internacionais, do francês Pyroman (Assissins) e do jamaicano General Smiley (da dupla Michigan & Smiley).
Não canso de dizer, Echo Sound System já nasceu clássico, e obrigatório!

Saiba mais sobre o trabalho dos caras:
Site do Echo Sound System
Myspace
Disco Devil (Blog do Pedro Dubstrong)
Compre o CD dos caras!

ECHO SOUND SYSTEM - Tempo Vai Dizer [2006]

1. Echo Sound feat. General Smiley
2. Calma Mamma

3. Todos um
feat. Pyroman, Funk Buia e Jimmy Luv
4. Punanny feat. Arcanjo
5. Supamind Dub

6. So D'eu Ver(de)
feat. Pyroman
7. Sun Will Shine (interlude)

8. Rookie Rock
feat. General Smiley e Funk Buia
9. Inna Babylon
feat. Arcanjo
10. I & I
feat. Pyroman
11. Vampire
feat. Pyroman e Jimmy Luv
12. Replay
feat. Jimmy Luv
13. Rockstar (interlude)

14. Tempo Vai Dizer

15. Pas Tester
feat. Pyroman
16. Kaya Monkeys (Safari Dub)

17. Original Style (Stalag)
feat. Pyroman
18. O bom filho

19. Do Nada (interlude)

20. Leão de Asas
feat. Arcanjo
21. Favorite Song

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domingo, 20 de dezembro de 2009

Los Fabulosos Cadillacs!

"..no tengo porque tener miedo. Mis palabras son balas, balas de paz, balas de justicia..."
Pergunte a um garoto que começa a ouvir música agora, quantas bandas latino-americanas ele conhece e depois compare com a quantidade de norte americanas. Se moramos tão mais perto dos hermanos argentinos, uruguaios, chilenos...; por que tão pouco conhecemos das bandas de lá? Pode ser que não, mas no que diz respeito as bandas argentinas, penso que a (ridícula!) rivalidade também tenha lá sua influência.
Coisa de dois anos atrás meu irmão encontrou pra baixar o Acústico MTV de uma banda argentina chamada Los Fabulosos Cadillacs. Por nunca ter ouvido falar neles, pensei que era algo novo... Que nada, era o áudio de um programa gravado em 1994!
A banda, Los Fabulosos Cadillacs, foi formada em Buenos Aires, no ano de 1985.(Sim, uma banda de 24 anos!)
Inicialmente eles apareceram como uma banda de ska, com influências de The Specials, Madness e outras bandas 2-Tone, com o passar dos anos foram sendo agregadas outras influências, como tango, cumbia, jazz, salsa, reggae, samba, resultanto essa salada musical, que é o som dos caras.
De "Bares y Fondas", lançado em 1986 à "El arte de la elegância de LFC", último trabalho da banda, lançado esse ano, a banda contabiliza um total de 17 álbuns, prêmios que vão desde a MTV até Grammy Latinos!
Dentre esses, 4 álbuns foram escolhidos para a Lista dos 250 álbuns mais influentes do rock latino-americano. No ano passado eles receberam o Prêmio La Leyenda (A Lenda), da MTV Latino-Americana.
Responda você agora por que o som desses caras não chega aqui, e aproveite e responda também por que você (provavelmente) não conhece uma banda de 25 anos, 17 álbuns, reconhecida mundialmente, e de tamanha qualidade. Sou muito suspeito pra opinar, sou fã desde a primeira audição.
Saiba mais:

Los Fabulosos Cadillacs - Vasos Vacios [1993]
1. Cadillacs
2. Matador
3. Te tiraré del altar
4. V Centenario
5. Mi novia se cayó en un pozo ciego
6. El satánico Dr. Cadillac
7. Gitana
8. Siguiendo la luna
9. Manuel Santillán, el león
10. Demasiada presión
11. Vasos Vacíos (con Célia Cruz)
12. Revolution Rock
13. Yo no me sentaría en tu mesa
14. Yo te avisé
15. El genio del dub
16. Silencio hospital
17. Basta de llamarme así





quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Yes, nós temos Afrobeat!

A gente gosta da música da Africa, da Jamaica, do Brasil... O som do terceiro mundo é foda. Coisas como afrobeat, dub, reggae, funk e jazz etíope, por exemplo. Gostamos também de rock..n..roll, coisas antigas de rock progressivo e psicodélico, como King Crimson, Pink floyd, Santana. E tem umas coisas contemporâneas também, como The Mars Volta e umas bandas de afrobeat dos Estados Unidos, Antibalas, The Budos Band e Nomo

Duvido que você consiga se manter parado ao ouvir o som do quinteto paraibano Burro Morto! Só se for por estar hipnotizado com o som dos caras.
Eles são um dos frutos mais novos de uma cena instrumental brasileira que vem dando o que falar, e já tem representantes de destaque, como: Hurtmold, Retrofoguetes, Macaco Bong, Pata de Elefante, Eu Serei a Hiena, Fóssil, Perdeu a Língua. Agora chegou a vez desses caras também mostrarem o seu valor!
O grupo é formado por Haley ‘King Si
ze Paper’ no microkorg e escaleta, ‘Big’ Daniel Jesi no contrabaixo, Nacho Gonçalves na percussão, Ruy José na bateria e Léo Marinho na guitarra.
É impossível ouvir o som dos caras e não lembrar de clássicos como Fela Kuti e Tony Allen, talvez seja esse o fato de dentre toda essa galera nova eles serem os meus preferidos!

Saiba mais sobre a banda, e entre em contato com os caras pelo Myspace deles.

A notícia boa, pra quem é de Aracaju como eu, é que os caras vão estar tocando aqui, segunda-feira que vem (dia 14/12), participando da Tour Nordeste Fora do Eixo, que ainda vai contar com Macaco Bong [MT], Porcas e Borboletas [MG] e Plástico Lunar. O som rola a partir das 21h na Rua da Cultura, e o melhor: é grátis!

Burro Morto - Varadouro [ep]







sinta a essência AQUI!
"Cansei da frase polida / por anjos da cara pálida (...) / agora eu quero a pedrada / chuva de pedras palavras / distribuindo pauladas."

Paulo Leminski