Nas primeiras cenas de Pollock (Pollock,2000 de Ed Harris), o próprio Jackson Pollock chapado pergunta a seu irmão: -Quem é o melhor baterista do mundo? e ele mesmo responde: Gene Krupa!
Após desentendimentos que já vinham da época das jam sessions em Chicago - Goodman achava que Krupa exagerava no virtuosismo - deixa a orquestra do bandleader para formar a sua própria, que contava com a presença do trompetista Roy Eldridge e da cantora Anita O´Day. A orquestra foi um sucesso até o ano de 1943, quando Krupa foi preso por posse de maconha e ficou preso por oitenta dias, saindo sob fiança. Volta por um curto período para a orquestra de Benny Goodman, antes de integrar a de Tommy Dorsey. Consegue formar sua orquestra novamente, e tem grande êxito até 1951 quando, influenciado pelo bebop, começa a tocar com formações menores, sendo um dos únicos bandleaders da era do swing a se modernizar.
Com suas técnicas, Gene Krupa tornou-se o grande mestre dos bateristas, ao mesmo tempo ídolo e professor de toda uma geração de músicos. The Gene Krupa Drum Method é o título de seu livro. Em 1941 criou o concurso Gene Krupa Drum Contest.
A seguir, rodou vários filmes em Hollywood, foi preso e condenado supostamente por posse de drogas. Nos anos 50 tocou com todos os grandes músicos da era, o clarinetista Buddy De Franco, o saxofonista Charlie Ventura e o trompetista Red Rodney, entre outros. Mas nunca se ateve a um só estilo, experimentando constantemente com os ritmos e novos elementos na bateria.
Embora fosse o primeiro baterista a tocar um solo no Carnegie Hall, Krupa conhecia os seus limites:
"Eu sempre olhei bem para o público, ao fazer um solo, e quando notava uma certa agitação nas pessoas, sabia que era a hora de parar com o show e dar espaço para o grupo voltar a tocar".
Em 1960, sofre um ataque cardíaco e reduz drasticamente suas aparições, participando esporadicamente de reuniões da orquestra de Tommy Dorsey. Morre em 1973, e apesar de estar sob tratamento para leucemia, sua morte foi atribuída a outro ataque cardíaco. Segundo alguns críticos de jazz, a arte de Kruppa nunca voi superada.
Gene Krupa foi "o começo e o fim de todos os bateristas", disse Buddy Rich em seu túmulo, elogio que vale dobrado, vindo de um colega e concorrente.
(Texto adaptado de EJazz, com inclusões)
Gene Krupa - Drum Boogie
Sinta a essência aqui.
Sem dúvidas um dos grandes bateristas da história, não só, do jaz... Ainda me lembro que quando tímido visitante da faculdade de música da Uni-Rio levado pelas mãos de um amigão que deixei por lá, vi um cara tocando umas peças da época do Krupa! Ê tempo bom, regado a pitadas fortes de dissonâncias, caixas e pratos... nem sei mais!
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